Gosto muito da palavra casa. Ela evoca intimidade. Lembra sala, quarto, varanda, mesa refeição, festa de aniversário, natal, mãe, pai, avós.
Há os armários com roupas lavadas, passadas e dobradas, cheirando a lavanda. Há a mesa da sala de comer quase sempre posta. Há o aparador com sopeira fumegando, strogonoff de frango, arroz soltinho e musse de maracujá.
Casa lembra cozinha com uma mesinha, uma travessa de cocadas e outra cuca de banana e sempre o perfume de café fresco.
Evoca reunião de pessoas que se estimam, que gostam de estar umas com as outras.
Há a área de casa onde se lava a roupa, se engraxam os sapatos.
Gosto de casa com gerânios nas janelas.
E no canto da sala, uma imagem de Jesus e de São José, chefe da Sagrada Família.
Casa não pode ser pensão, nem hotel.
Casa tem que ser casa.
Texto de Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM. Petrópolis/RJ
Fonte: Folhinha do sagrado Coração de Jesus - Ed. Vozes.
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