quarta-feira, 11 de abril de 2012

Aborto de anencéfalos: discussão no STF sobre morte e vida

Michelle de Mentzingen Gomes
Advogada

Todos nós estamos fadados à morte. Alguns morrem em vida. Outros, morrem com o último suspiro, com o último impulso nervoso. Escolher quem morre antes ou depois não é tarefa nossa. Juridicamente falando, sem deixar que minha visão católica tome conta, penso que esta decisão nos aproxima da prática da eugenia, tão combatida durante o nazismo. O conceito de vida não depende de um cérebro; depende da existencia da nidação e de um feto. A nidação ocorreu. O feto se constituiu, imperfeito, mas se constituiu. Minha opinião: o aborto, seja lá por qual motivo for, é crime. Respeito o sofrimento de diversas mulheres que não possuem estrutura física, psíquica ou emocional para suportar uma gravidez assim, mas a lei é impessoal e geral. Nenhum diagnóstico é 100% confiável, milagres acontecem. Fosse eu no STF, votaria com o Lewandowski - divergência, ADPF improcedente por todos os seus termos. Cada um que seja imperfeito pelo tempo que Deus permitir.

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