terça-feira, 16 de novembro de 2010

Relações Brasil-África e Brasil-Oriente Médio

África e Oriente Médio

  • As relações comerciais entre o Brasil e os países africanos tiveram forte impulso nos últimos anos com o aumento das exportações de produtos brasileiros para diversos países da África. Essas relações estão sendo fortalecidas com a promoção de missões comerciais brasileiras, rodadas de negócios e seminários com compradores africanos. Para reforçar a intenção de investir no mercado africano e dar suporte às empresas brasileiras com foco no continente, a Apex-Brasil inaugurará, em 2010, um Centro de Negócios (CN) em Luanda (Angola).

    O potencial de mercado para produtos e serviços brasileiros no continente africano é grande e tem influenciado empresas nacionais a investir na África. Angola é o principal parceiro comercial, estando entre os maiores destinos de exportações brasileiras, à frente de países como Canadá, Emirados Árabes Unidos, Austrália e Índia. Também são importantes parceiros no continente a África do Sul, a Nigéria e o Egito. Para dar suporte ao empresário brasileiro, a Apex-Brasil tem disponíveis estudos realizados pela unidade de Inteligência Comercial sobre diversos países do continente.
    Em 2009, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a corrente comercial entre o Brasil e os países africanos foi de US$ FOB 17,2 bilhões, sendo US$ FOB 8,7 bilhões em exportações e US$ FOB 8,5 bilhões em importações. Os principais grupos de produtos exportados pelas empresas brasileiras, segundo o Global Trade Information Services (GTIS), são açúcar e confeitarias; veículos e partes; carnes; óleo refinado de petróleo; maquinários e similares; minérios e escórias; gorduras e óleos; cereais; materiais elétricos e eletrônicos; e produtos de ferro e aço. De 2003 a 2009, as exportações brasileiras para os países africanos cresceram 20,3%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex).
    O Brasil busca aprofundar parcerias e afinidades com a África. Desde 2003, o presidente da República visitou 19 países do continente, foi convidado de honra de uma reunião da União Africana (Sirte, Líbia, em julho de 2009) e promoveu, com o presidente da Nigéria, a primeira reunião entre América do Sul e África (Cúpula ASA). A retomada dessas relações políticas trouxe resultados concretos, como a abertura de escritórios da Embrapa em Acra (Gana) e da Fiocruz em Maputo (Moçambique), onde também será construída uma fábrica de medicamentos genéricos e antirretrovirais, com recursos, equipamentos e tecnologia brasileiros.
    Países africanos são mercados-alvo de vários Projetos Setoriais Integrados (PSIs) promovidos pela Apex-Brasil. Empresas brasileiras de grande porte já atuam no continente, como a Camargo Corrêa, a Votorantim, a Embraer, a Petrobras, a Odebrecht, a WEG e a Companhia Vale do Rio Doce.
    Em 2008 e 2009, a Apex-Brasil promoveu, em Angola e na África do Sul, respectivamente, missões com tradings brasileiras, que envolveram rodadas de negócios e seminários com compradores de diversos países da África. A Apex-Brasil também apoiou a participação de empresas brasileiras em eventos realizados no continente, como o Brasil Agri-Solutions (Senegal, junho de 2009) e a Feira Internacional de Luanda (Angola, julho de 2009). A participação nesses eventos contribuiu fortemente para o aumento dos negócios de empresas brasileiras no continente.
    O trabalho do Centro de Negócios da Apex-Brasil, que será instalado em Luanda, Angola, consistirá em identificar oportunidades comerciais no continente, articular com instituições governamentais e trabalhar para incrementar as exportações brasileiras para os países africanos, além de auxiliar na internacionalização das empresas.
    O Centro de Negócios na África oferecerá apoio em três áreas principais: inteligência de mercado, que fornece listas de contatos qualificados de importadores e distribuidores, estudos customizados e planos de negócio para entrada no mercado; promoção de negócios, que inclui encontros e rodadas de negócios com potenciais compradores; e apoio à instalação local.
    Já o Oriente Médio é uma região caracterizada por países com alto poder de compra graças às divisas provenientes da exportação de petróleo e gás. Entre eles estão Emirados Árabes Unidos (EAU), Arábia Saudita, Bahrein, Omã, Kuwait e Catar, todos integrantes do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG). O mercado consumidor em constante crescimento atrai a atenção e gera oportunidades para empresas brasileiras e dos mais variados países.
    Em 2009, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a corrente comercial entre o Brasil e os países do Oriente Médio foi de US$ FOB 10,7 bilhões, sendo US$ FOB 7,6 bilhões em exportações e US$ FOB 3,1 bilhões em importações. Os principais grupos de produtos exportados pelas empresas brasileiras, segundo o Global Trade Information Services (GTIS), são: açúcar e álcool; carne de aves; carne bovina; produtos minerais; veículos automotores e suas partes; cereais em grão e esmagados; soja (grãos, óleo e farelo); máquinas e motores; produtos metalúrgicos; e aviões. De 2003 a 2009, as exportações brasileiras para os países do Oriente Médio cresceram 17,9%, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex).
    O Brasil busca estreitar relações com os países do Oriente Médio. A Cúpula América do Sul – Países Árabes (Aspa) reuniu-se duas vezes, com presença de chefes de Estado e do governo de ambas as regiões. O presidente brasileiro visitou a Arábia Saudita, em 2009, e Israel, Palestina e Jordânia, em março de 2010, quando foi ratificado o acordo de livre-comércio Mercosul-Israel, o primeiro celebrado pelo bloco econômico com um país de fora da América do Sul.
    Para dar suporte às empresas brasileiras com foco no Oriente Médio, a Apex-Brasil mantém um Centro de Negócios (CN) em Dubai, cidade mais populosa dos Emirados Árabes Unidos. Por meio de zonas francas, o governo de Dubai estimula a instalação de empresas que atuem tanto localmente quanto nos demais países da região, com foco em um mercado estimado em mais de US$ 120 bilhões. O CN da Apex-Brasil está localizado na Jebel Ali Free Zone (JAFZA), que apresenta a maior infraestrutura do Oriente Médio para a instalação de empresas estrangeiras. A Apex-Brasil também tem disponíveis estudos realizados pela unidade de Inteligência Comercial sobre diversos países da região.
    O Centro de Negócios no Oriente Médio oferece apoio em quatro áreas principais: inteligência de mercado, que fornece: listas de contatos qualificados de importadores e distribuidores, estudos customizados e planos de negócio para entrada no mercado; promoção de negócios, que inclui encontros e rodadas de negócios com potenciais compradores; apoio à instalação local; e logística e distribuição, com armazenagem de mercadorias para entrega just-in-time no mercado local.

    FONTE: Portal APEX - http://www.apexbrasil.com.br/portal/publicacao/engine.wsp?tmp.area=471

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